Base aliada rejeita audiência pública sobre tarifa de ônibus em Piracicaba

A base de apoio ao prefeito Gabriel Ferrato (PSDB) na Câmara Municipal de Piracicaba impediu, na noite desta quinta-feira (21), a realização de uma audiência pública para que a população e os vereadores discutissem com secretários municipais o aumento na tarifa de ônibus da cidade de Piracicaba. Foram 14 votos contrários e cinco favoráveis. Além de rejeitar o requerimento, o grupo aprovou uma reunião, sem o direito de participação popular nas discussões, com o secretário municipal de Trânsito e Transportes, Jenival Dias Sampaio, para o dia 4 de março a partir das 14h.

O vereador José Antônio Fernandes Paiva (PT), autor do requerimento para a audiência pública, acusou a liderança do governo de quebrar um acordo firmado para a aprovação da proposta e criticou o formato da reunião. “Não será permitida a participação do público, sem falar que o horário foi marcado para afastar a população da discussão”, disse.



O petista é contra o aumento da tarifa de ônibus de R$ 2,60 para R$ 3, anunciado em 29 de dezembro pelo ex-prefeito Barjas Negri (PSDB). A passagem comprada a bordo e sem o cartão Transporte Integrado de Piracicaba (TIP) passou a  custar R$ 3,40 com o reajuste. Grupos contrários à medida do tucano realizaram seis protestos no Terminal Central de Integração (TCI), onde abriram as catracas do local.

O vereador José Aparecido Longatto (PSDB), autor da proposta para a reunião fechada, defendeu a mudança ao argumentar que os secretários que seriam convocados para a audiência pública não teriam condições para debater o assunto. “A reunião com o secretário de Transportes será mais técnica e permitirá esclarecer os motivos da Prefeitura de Piracicaba para o aumento”, afirmou.


Gabriel Ferrato encomendou para a Universidade de São Paulo (USP) um parecer das planilhas de custo do sistema de transporte coletivo municipal. O prefeito aguarda a avaliação para se reunir com integrantes do movimento Pula Catraca, que defende a revogação do reajuste da passagem e também solicitou à Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep) um estudo semelhante.

Fonte: G1





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