Uma dona de casa de 35 anos procurou a polícia para denunciar agressões que teriam sido sofridas pelo seu filho, um menino de dois anos, na creche Professora Irene de Oliveira Dorta, no Parque dos Sabiás. A mãe procurou o Plantão Policial na terça-feira à tarde, logo depois de tirar a criança do local. Ela contou que quando a professora entregou o garoto, ele estava soluçando e com vários ferimentos no rosto e pescoço. Ao ser questionada pela mãe, a educadora teria dito que não viu o que aconteceu e que estava com 30 crianças para tomar conta.
A dona de casa contou que o garoto sempre gostou de ir para a escolinha e que já sabe até falar o nome da professora. Ela acrescentou que, de vez em quando, percebia sinais na pele do filho, como mordidas ou arranhões.
Ela disse que iria levar o filho ontem para fazer exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal), umas das orientações dadas no Plantão Policial, onde foi registrado o boletim de ocorrência 3.925/2011 de lesão corporal. “Não quero deixar isso passar em branco para que não volte a acontecer com outras crianças”, concluiu a mãe.
¤OUTRO LADO — Em nota, a assessoria de imprensa da Secretaria da Educação de Piracicaba limitou-se a informar que “as crianças, na idade de dois e três anos, exploram o mundo usando todas as partes do corpo e os seus sentidos. Algumas delas ainda não aprenderam a verbalizar os sentimentos e os manifestam, por exemplo, com uma mordida. Para os pais é realmente difícil entender esta fase característica da idade e do desenvolvimento da personalidade da criança. E a escola, por sua vez, atua na mediação das relações entre as crianças e os familiares para amenizar os reflexos negativos decorrentes dessa reação. Nesse contexto, a criança citada foi acolhida, atendida e a unidade escolar passou à mãe todas as informações sobre o caso”.