Moradores do Gilda relatam agressão de PMs de Piracicaba após jogo de futebol amador

Um grupo de 50 moradores do bairro Gilda, em guia de Piracicaba, acusa a Polícia Militar de agir de forma violenta após o término de uma partida de futebol amador realizada no domingo (20). Nesta segunda-feira (21), parte do grupo esteve na Câmara dos Vereadores para relatar as agressões. A Comissão de Direitos Humanos da Casa irá analisar o caso.

“Sofremos preconceito porque somos do Gilda. Os policiais chegaram falando que lá só tinha vagabundo e que por isso tínhamos que apanhar. Foi uma situação absurda. Fizeram meu filho de 11 anos por a mão na cabeça, como se fosse um marginal. Falavam que no Gilda e no Bosques os moradores gostavam de bater na polícia e que agora a gente ia ver quem merecia apanhar”, diz um gesseiro de 31 anos, técnico da equipe. Recentemente, policiais foram agredidos ao atender ocorrências no Bosques do Lenheiro, bairro vizinho ao Gilda. O gesseiro chegou a chorar ao contar o caso aos vereadores.



Segundo os moradores, a confusão ocorreu logo após o término da partida. A equipe do bairro foi eliminada da competição e gesseiro foi com outros dois atletas conversar com o árbitro. Eles relatam que policiais que faziam a segurança da partida passaram a agredi-los e, em seguida, pediram mais reforço. Quarenta policiais foram ao local, segundo os moradores.

“Ninguém ia agredir ninguém. Tanto é que na súmula da partida o árbitro não faz nenhum relato. Boa parte da nossa torcida já estava dentro do ônibus, que tínhamos fretado. Eles fizeram todo mundo descer e começaram a xingar e bater. Queriam revistar mulheres, crianças. E fizeram todos os homens irem embora a pé”, diz um outro morador, que não quis se identificar, com medo de retaliações. Nesta segunda-feira à noite, ele exibia uma marca leve no ombro, que teria sido provocada por golpes de cassetete.


Os moradores levaram até a Câmara instrumentos musicais que, segundo eles, foram danificados pelos policiais. Até a bola usada na partida estava furada.

Fonte: EpPiracicaba





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