ONG denuncia plantio incorreto de mudas pela Prefeitura de Piracicaba

O replantio de mudas na cidade de Piracicaba, interior de São Paulo, está sendo realizado de forma incorreta e pode potencializar as chances de queda de árvores no futuro, segundo especialistas da ONG Associação de Recuperação Florestal da Bacia do Rio Piracicaba e Região (Florespi). A entidade analisou casos no Centro depois de denúncias e constatou algumas irregularidades presentes no plantio.

“A maioria das mudas são colocadas em espaços de tamanho bom, entretanto na hora de plantar não é cavado em uma profundidade e largura necessárias para a raiz da planta crescer o suficiente para buscar nutrientes para manter a planta viva. Com o apodrecimento, facilita as quedas com chuvas e vendavais”, afirma o gestor ambiental Rafael Jó Girão.

Casos como esse foram encontrados em ruas como Treze de Maio, Prudente de Morais, Governador Pedro de Toledo, Regente Feijó, Morais de Barros e São José. Nesta última, um caso se destaca pelo plantio de uma muda em espaço aberto onde havia um cano de água.



“Aqui é certeza que a Prefeitura terá problemas, já que quando a raiz expandir vai perfurar o cano ou a árvore vai morrer por não ter como crescer. Dá para perceber que do jeito que foi colocado metade da raiz já ficou de fora”, analisa Girão.


Polêmica no estádio Barão de Serra Negra
Outras mudas que chamam a atenção são aquelas colocadas ao lado do Barão de Serra Negra, na Rua Morais de Barros. Essas mudas foram plantadas no lugar das árvores retiradas do local, que geraram protestos dos moradores da região na época.

“Aqui, parece que a Prefeitura passou de novo e jogou mais terra, entretanto, deveria retirar as mudas e replantar abrindo mais o espaço no entorno e profundidade”, diz o especialista.

Girão salienta que se não forem plantadas adequadamente, as mudas podem ter o mesmo destino das 56 árvores que caíram no município nos temporais da última segunda e terça-feira. “As raízes, se conseguirem crescer, causam o problema de levantar as calçadas. Caso contrário, as plantas morrem, sendo que qualquer vento pode derrubar e trazer mais problemas para o serviço público”, completa.

Fonte: G1





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