Prefeitura gasta mais com aluguel do que em projetos úteis em Piracicaba

A Prefeitura de Piracicaba (SP) gasta, por mês, R$ 293 mil com o pagamento de aluguéis de imóveis. Em um ano, a despesa chega a R$ 3,5 milhões, valor superior ao que o município prevê investir em cada uma das 40 ações e obras consideradas prioritárias no Orçamento de 2013. É o caso, por exemplo, do projeto de recuperação e preservação do Parque do Engenho Central, que deve receber R$ 3 milhões no ano que vem.

A verba para aluguel também é maior que a estimada para construções de escolas de ensino fundamental (R$ 2,4 milhões), para obras em creches (R$ 2,2 milhões), pavimentação de vias públicas (R$ 1 milhão) e reurbanização de favelas (R$ 600 mil). A execução do Plano Diretor de Água, colocada no Orçamento como prioridade, também custará menos: R$ 2,7 milhões.

Os dados sobre os gastos com aluguéis foram disponibilizados no Portal da Transparência da Prefeitura. As pastas da Saúde, Governo e Desenvolvimento Social concentram o maior número de prédios locados. A Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (Semuttran) tem apenas um imóvel alugado. No entanto, o pagamento mensal de R$ 13.817,07 pelo uso de um imóvel na Avenida Luciano Guidotti, no bairro Caxambu, é o mais alto entre todos da lista.



A Prefeitura de Piracicaba informou, por meio de nota, que o secretário municipal de Governo de Piracicaba, José Antônio de Godoy, disse que “a tendência tem sido a redução dos gastos” entre 2009 e 2011. No entanto, não especificou de quanto foi essa diminuição.


Godoy relatou ainda que as pastas de Saúde e Desenvolvimento Social utilizam imóveis alugados para o funcionamento de equipamentos sociais voltados à prestação de serviços à população. “Não havendo a locação, estes serviços não teriam sido descentralizados”, disse.

Quanto à lista da Secretaria de Governo, conforme o titular, os imóveis são para atender solicitações de órgãos dos governos federal e estadual, como sedes para a Polícia Federal, distritos policiais, cartório eleitoral, entre outros.

Godoy não considera o gasto anual de R$ 3,5 milhões elevado. “Pela necessidade e quantidade de imóveis, não se pode dizer que sejam gastos elevados”, disse. Após definir o bairro onde determinado serviço deve funcionar, a Prefeitura pesquisa imóveis e pede avaliação de preços para, no mínimo, três imobiliárias, segundo o secretário de Governo.

Dos R$ 293 mil em despesas mensais com aluguel, a Secretaria da Saúde representa 36% dos gastos (R$ 106,3 mil), seguida da pasta de Governo com 14% (R$ 41 mil por mês) e da Secretaria de Desenvolvimento Social com 11% (R$ 32,2 mil), aponta o relatório oficial.

Fonte: G1





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