Projeto contra salário de vereador em Piracicaba ficará para depois de julho

O grupo Reaja, que protesta contra aumento de 66% nos salários dos vereadores de Piracicaba (SP), deixará para depois do recesso de julho da Câmara a entrega das assinaturas recolhidas para apresentação do projeto de iniciativa popular que pretende revogar o reajuste que elevou os vencimentos dos parlamentares para R$ 10 mil por mês.

O ato deveria ter acontecido na última quinta-feira (20), mas a Câmara decidiu fechar as portas mais cedo naquele dia e a sessão em plenário foi cancelada. Segundo o Legislativo, o encerramento das atividades ocorreu para evitar danos ao prédio durante a manifestação contra a tarifa de ônibus que ocorreu também na quinta.

Integrantes do Reaja afirmam ter recolhido cerca de 23 mil assinaturas favoráveis ao projeto. Por lei, de acordo com o movimento, são necessárias 13,5 mil adesões de eleitores à propostas.

É considerada válida a assinatura com número do título de eleitor. Nesta situação, o movimento diz ter conseguido aproximadamente 15 mil adesões.




Na noite desta segunda-feira (24), cerca de 30 integrantes do Reaja acompanharam a sessão na Câmara. O adiamento da entrega das assinaturas, conforme Eduardo Stella, é para evitar que o recesso de julho “esfrie” o debate com os vereadores.

Até o retorno das atividades Legislativas, disse Stella, o Reaja pretende continuar recolhendo assinaturas, inclusive em frente à Casa de Leis. “O abaixo-assinado e o projeto de iniciativa popular serão entregues com ainda mais adesões tanto à Câmara quanto ao Ministério Público”, afirmou.

Xingar não pode
Os integrantes do movimento permaneceram de forma pacífica em frente à Câmara e no plenário durante a sessão desta segunda. Não houve confronto e o único debate com o Reaja foi quando vereadores usaram a tribuna popular para dizer que foram xingados de vagabundos por um membro do grupo.

Hélio Rocha, que também participa do movimento, se levantou na plateia e disse aos vereadores que o movimento é “pacífico e ordeiro” e que “é totalmente contra as ofensas pessoais a vereadores e ao vandalismo em atos públicos”. Ele afirmou ainda que os parlamentares devem processar a pessoa quem os ofendeu.

Fonte: G1





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