Sem chuvas há 54 dias, incêndios atingem áreas verdes em Piracicaba

O período de 54 dias sem chuvas em Piracicaba agravou o problema das queimadas, típico para essa época do ano. Em 2012, o período de seca teve menos ocorrências do que em 2011, mas o tempo seco fez com que os incêndios se propagassem mais rapidamente e atingissem uma área maior do que no ano passado. Áreas de preservação ambiental da região foram as principais prejudicadas.

Entre 1º de julho e 6 de setembro de 2012, foram registrados 352 focos de incêndio, 251 a menos que em 2011, só que mais extensos do que no ano passado. Segundo o Corpo de Bombeiros, que forneceu os dados, a falta de chuva e de umidade do ar torna áreas verdes mais propensas à propagação do fogo.

O tenente Alexandre Garcia, comandante dos postos do Corpo de Bombeiros de Piracicaba, afirmou que as áreas verdes ampliaram os problemas. “A área atingida foi maior, pois grandes áreas de preservação ambiental foram alvo das queimadas em diversas regiões de Piracicaba, como as margens do Rio Piracicaba, próximo ao bairro Gran Park, o bairro Santa Rita, a Floresta Escura, em São Pedro e os parques Conceição e São Francisco”, disse.



Tempo de espera
O tenente Garcia explicou que, em dias com muita demanda, há uma triagem para definir os lugares em que a equipe necessita ir com maior velocidade. “A equipe faz uma escala das áreas com maior risco de prejuízo ambiental e material. Vamos nos locais mais urgentes e depois onde há menor gravidade”, completou.


A jornalista Cristiane Sanches precisou conter, junto com um colega de trabalho, um incêndio nesta quinta-feira (6). “O Corpo de Bombeiros só chegaria em 45 minutos e ao lado do foco havia uma marcenaria. Tivemos que levar baldes de água para tentar apagar, um tempo depois os bombeiros chegaram e controlaram o fogo”, disse. Caso necessitem de reforço, os bombeiros de Piracicaba recorrem às brigadas de incêndio das empresas e indústrias da cidade, além da força municipal.

Principais incidências
Segundo Garcia, a maior parte das ocorrências de incêndio são iniciadas pela ação humana. “É pela cultura de queimar o entulho ou realizar a limpeza de um terreno em meio à seca. O fogo inicialmente inofensivo perde o controle, se transformando em um incêndio que coloca em risco o meio ambiente, moradias e por vezes, atividades economicas importantes”, disse.

Fonte: G1





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