Dia do padroeiro de Piracicaba movimenta a Catedral

A movimentação estava grande para comprar e retirar o famoso bolo de Santo Antônio na manhã desta segunda-feira (13), na Catedral da cidade de Piracicaba. Conhecido por providenciar os encontros amorosos e auxiliar na busca de objetos perdidos, o santo atrai fiéis novos e antigos.

Kelly Fernanda Campos, de 28 anos, foi comprar o bolo pela primeira para comer junto com o namorado. “Eu vim em busca de um empurrãozinho para casar, né”, ri a moça que namora há dois anos.

Há também que compre o bolo por tradição. José Alberio de Lima, que levou quatro pedaços do bolo, é um deles. “Eu sempre compro dois bolos para dar de presente, levo um para minha sobrinha e outro para minha casa, isso já há 15 anos”, conta.

O motivo? “Além de ser um bolo gostoso, eu compro para ajudar a comunidade; é um compromisso, nesse dia eu nem vou à chácara para vir aqui”, ressalta Lima.


O bolo que mede 180 metros quadrados e pesa quatro toneladas será vendido até às 12h da segunda-feira (13), a R$ 13 reais o pedaço de um quilo.

Voluntário
Este é o sétimo ano que o estudante Luiz Antonio Andia, de 17 anos, ajuda no corte e distribuição do bolo de Santo Antônio, ao lado da família. Depois de trabalhar até às 4h da madrugada desta segunda-feira (13), o jovem dormiu duas horas e lá estava ele com a mesma disposição. “Eu venho pelo prazer de ajudar”, conta apressado.



A mãe, orgulhosa, conta que a família sempre participa das atividades da igreja. “Depois que a gente começa a ajudar, não consegue mais largar”, relata Rosângela Zandoná Andia. E o cansaço? “Não sei explicar o que acontece, mas parece que ele some, estamos em pé aqui, firmes e fortes”, garante.

Sueli Viscovo Carnio corta o bolo de Santo Antônio há 18 anos. Esposa do responsável por toda a produção, Valter José Carnio, estava de pé desde às 4h. “A gente já recebeu tantas graças que esse trabalho é até pequeno para agradecer”, afirma.

Pesquisa
Pela primeira vez em 22 anos de tradição, o bolo de Santo Antônio vai passar por um controle de qualidade. A voluntária Maria Conceição Bortoleto vai fazer uma pesquisa para saber o que os compradores estão achando.

“Eu estou pegando o contato de muitos deles, de várias classes sociais, e depois vamos ligar para ouvi-los. A intenção é saber como podemos melhorar o bolo”, revela. A solicitação foi feita pelo organizador, Valter José Carnio, que será o responsável tanto pelo resultado, quanto pelas mudanças necessárias.

Fonte: Eptv.com





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