Funcionários flagrados em venda ilegal de túmulos são afastados em Piracicaba

Os dois funcionários autônomos que têm licença para trabalhar no Cemitério da Saudade e foram flagrados por uma equipe de jornalismo de guia Piracicaba negociando a venda ilegal de túmulos foram afastados de suas funções na tarde desta terça-feira (5). Segundo o administrador do cemitério, Mauricio Angelocci, o afastamento dos funcionários ocorreu para que sejam apurados os fatos.

“Não sabíamos da venda e achávamos apenas que era apenas boato”, disse. Um funcionário, identificado apenas como Manoel, aparece no vídeo mostrando “ofertas” de túmulos. A negociação, contudo, deveria ser concluída com Jurandir, empreiteiro que há 40 anos atua no cemitério. A assessoria de imprensa da prefeitura não informou o nome completo dos funcionários contratados pela Secretaria Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Sedema) até o fechamento desta matéria.

Jurandir é um dos três empreiteiros autônomos que têm licença expedida pela Sedema para realizar os serviços de construção e reforma de jazigos no Cemitério da Saudade.



Em uma conversa gravada por telefone à equipe da EPTV, na tarde desta terça-feira, Jurandir negou que vende túmulos no local. Ele disse que vai conversar com um advogado e que nunca participou de nenhuma comercialização. “Não tem nada no meu nome. São as famílias que vendem isso”, afirmou. Ele também negou que faz a intermediação.


Prefeitura
Em, a Prefeitura de Piracicaba informou que registrou boletim de ocorrência para apurar denúncia da venda de terrenos no Cemitério da Saudade. “A denúncia, veiculada na EPTV, será apurada pela Polícia Civil e também pela Procuradoria-Geral do município”. O titular da Sedema, Rogério Vidal, anexou cópia da matéria ao boletim.

A nota informa ainda que “o secretário já pediu abertura de inquérito administrativo, porque o suspeito de comercializar terrenos é empreiteiro e perderá a sua licença para trabalhar no Cemitério da Saudade”.

O procurador-geral do município, Milton Sérgio Bissoli, disse que a prefeitura desconhecia e repudia o fato, “até então tratado como lenda, porque não havia denúncias oficiais, dificultando a apuração de ‘boatos’ ”.

Fonte: EpPiracicaba





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